Quando nos propomos a ser motivadores, a ser os portadores de estímulos e nos incumbimos de assumir a responsabilidade de levar às pessoas mensagens reflexivas, nos colocamos em risco de forma incontestável.
Pois bem, na última quarta-feira (24/3/2010), resolvi propor aos meus alunos um exercício de reflexão introspectiva a respeito de si próprio. De imediato, a proposta era que, eles deveriam traçar mentalmente uma linha do tempo, e inicar uma retrospectiva a partir de uma data marcante qualquer em suas vidas. Pois bem, durante a explicação, me pediram que eu fosse mais claro e desse um exemplo, foi aí que engatilhei o canhão e apontei em direção ao meu pé! Resolvi aplicar um exemplo com datas reais, sem narrar os fatos, mas foi o suficiente para engasgar pela primeira vez... na continuidade, justificando meu pedido, segui explicando que devemos sim manter a consciência do nosso passado para que possamos nos manter lúcidos no presente e prospectar nosso futuro... engasguei pela terceira vez!! Na conclusão me bastou lembrar... somente lembrar e não verbalizar, do meu último ano (de 2009 até agora), e o engasgo foi maior (disparei o canhão)! fiquei alguns segundos parado, olhando para o quadro esperando o ar voltar. Quando olhei para os alunos novamente... vi todos atônitos, com os olhos embaçados também olhando pro nada... já relembrando de suas vidas! Foi arriscado sim, pois de uma certa forma me expus, mas foi mágico, o feedback foi instantâneo! Gostei muito! mesmo que tenha feito sangrar algumas feridas, inclusive a minha, foi gratificante ver que todos entenderam minha mensagem!
Ser um facilitador, ou professor como eles me chamam, de uma turma jovem e cheia de anseios misturada a hormônios, requer sensibilidade, responsabilidade, riscos e uma infinita vontade de também aprender com eles! É assim que me vejo! Um eterno mestre aprendiz!
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